Aspectos relevantes no livro "O cortiço" de Aluísio Azevedo abordados em exames vestibulares

O Cortiço é um romance naturalista do brasileiro Aluísio Azevedo, publicado em 1890, que denuncia a exploração e as péssimas condições de vida dos moradores das estalagens ou dos cortiços cariocas do final do século XIX.

Resumo do livro

Em 1978, no Brasil, o romance foi adaptado para o cinema com interpretações de Armando BogusBetty FariaMário GomesBeatriz Segall e outros, com direção de Francisco Ramalho Jr.


Aspectos fundamentais da obra:

Apresentamos a seguir uma resenha dos aspectos abordados em exames vestibulares referentes ao romance O cortiço de Aluísio Azevedo.

 - O cortiço é considerada a obra-prima de Aluísio Azevedo. É um dos melhores retratos que já se levantaram do Brasil do II Império, em que a sobrevivência da estrutura colonial punha à mostra uma numerosa mostragem de portugueses enriquecidos a empolgar as posições de comando e uma região mal definida de pretos, mulatos e brancos em pleno processo de caldeamento e formação, constituindo o escalão mais inferior da sociedade.  (Unijui-RS) 



No romance O cortiço, Aluísio Azevedo estabelece uma forte ligação entre o meio em que vivem as personagens e sua vida material, moral e psicológica. Tal relação apoia-se nos princípios do determinismo científico. (FGV-SP) 

- Em O cortiço, Aluísio Azevedo apresenta uma característica fundamental do Naturalismo - uma compreensão biológica do Mundo, como exemplifica o trecho do romance, a seguir:
 "E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, e esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, a multiplicar-se como larvas no esterco." (FUVEST-SP)



-  A adesão de Aluísio Azevedo à estética naturalista evidencia-se nos retratos das personagens, a exemplo da abordagem de João Romão no texto abaixo, de O Cortiçona insistência em destacar as causas patológicas do comportamento, na preocupação com os detalhes de descrição do físico:
"Aquilo já não era ambição, era uma moléstia nervosa, uma loucura, um desespero de acumular, de reduzir tudo a moeda. E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha da pedreira para a venda, da venda às hortas e ao capinzal..."(FMTM)

O cortiço - resumo

A obra descreve a ascensão social do comerciante português João Romão, dono de uma venda, uma pedreira e um cortiço, próximo ao sobrado de um patrício endinheirado, o comendador Miranda. A rivalidade entre os dois aumenta à medida que cresce o número de casinhas do cortiço, alugadas, na sua maioria, pelos empregados da pedreira, que também fazem compras na venda de João Romão, que, desse modo passa a enriquecer rapidamente. Com a intenção obsessiva de tornar-se rico, João Romão economiza cada moeda e explora quem quer que seja sempre que tem oportunidade, como o faz com a escrava fugida chamada Bertoleza que o auxilia no trabalho duro e para quem ele forjou um documento de alforria.
O sonho de João Romão é adquirir prestígio social, como seu patrício Miranda. Este, à medida que o vendeiro vai enriquecendo, passa a considerar a possibilidade de oferecer-lhe a mão de sua filha, Zulmira; assim um amigo em comum, Botelho, se faz de intermediário das negociações e tudo fica arranjado. João Romão fica noivo de Zulmira, alcançando assim um patamar mais alto na escala social. O único inconveniente é a escrava Bertoleza, que não aceita ser descartada, para qual João Romão arma um plano: denuncia Bertoleza como escrava fugida a seu verdadeiro dono que vai com a polícia prendê-la. João Romão faz de conta que não sabe de nada e a entrega. Bertoleza percebe que Romão, sem coragem de mandá-la embora ou de matá-Ia, preparou essa armadilha para devolvê-la ao cativeiro, desesperada, ela se mata.(flemis)(2 alfa)
A narração desses fatos da vida de João Romão entrelaça-se com a narração de vários episódios dos moradores do cortiço, cuja luta pela sobrevivência é dura e cruel. O caso de Jerônimo é exemplar da visão naturalista de Azevedo, Jerônimo é um operário português contratado por João Romão para trabalhar na pedreira, é sério e honesto, casado com Piedade, também portuguesa. Eles têm uma filha criança e vivem bem como família. Mas no cortiço, Jerônimo começa a sofrer influência daquele ambiente desregrado então apaixona-se pela mulata Rita Baiana, por ela, mata um rival e abandona a família.
Acompanhando a evolução social de João Romão, o cortiço também se desenvolve, principalmente depois de um grande incêndio, quando passa por reformas e transforma-se na "Avenida São Romão", com melhor aparência e uma população mais ordeira. A população mais baixa e miserável se transfere para outro cortiço, o "Cabeça de Gato", mantendo-se assim a engrenagem do sistema social em que predomina a lei do mais forte.

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Vestibular - Questões sobre "O cortiço" de Aluísio Azevedo

1. (FUVEST-SP) "E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, e esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, a multiplicar-se como larvas no esterco."
O fragmento de O cortiço, romance de Aluísio Azevedo, apresenta uma característica fundamental do Naturalismo. Qual?
  1. Uma compreensão psicológica do Homem.
  2. Uma compreensão biológica do Mundo.
  3. Uma concepção idealista do Universo.
  4. Uma concepção religiosa da Vida.
  5. Uma visão sentimental da Natureza.
2. (F. Objetivo-SP) Analise o seguinte fragmento e responda:
"A primeira que se pôs a lavar foi a Leandra, por alcunha a Machona, portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos..." (Aluísio Azevedo)
Descrição de personagens pela acentuação de caracteres biológicos e raciais é característica do:
  1. Romantismo.
  2. Realismo.
  3. Modernismo.
  4. Impressionismo.
  5. Naturalismo.
3. (FGV-SP) No romance O cortiço, Aluísio Azevedo estabelece uma forte ligação entre o meio em que vivem as personagens e sua vida material, moral e psicológica. Tal relação apoia-se nos princípios:
  1. do livre-arbítrio religioso.
  2. do determinismo científico.
  3. do sentimentalismo romântico.
  4. do culto à natureza.
  5. do ideário modernista.
4. (PUC-RS) A redução dos seres humanos ao nível animal, a natureza humana vista como uma selva onde os fortes, representados por João Romão, devoram os fracos, são princípios básicos do romance ..... de ..... .
  1. A mortalha de Alzira – Aluísio Azevedo.
  2. Memorial de Aires – Machado de Assis
  3. Casa de pensão – Aluísio Azevedo.
  4. O cortiço – Aluísio Azevedo.
  5. Esaú e Jacó – Machado de Assis.
5. (PUC-RJ) Estão relacionados, na primeira coluna, nomes de personagens de O Cortiço, de Aluísio Azevedo, e na segunda enunciados que podem caracterizá-las. Numere de forma a indicar a que personagem o narrador atribui qual característica:
( ) Rita Baiana1. amante de João Romão
( ) Firmo2. lutador de capoeira
( ) Jerônimo3. cavouqueiro português
( ) Pombinha4. a flor do cortiço
( ) João Romão5. proprietário do Cortiço
( ) Bertoleza6. amante de Jerônimo
( ) Miranda7. comerciante e comendador
  1. 1, 2, 5, 6, 3, 4, 7
  2. 4, 3, 2, 1, 7, 6, 5
  3. 6, 3, 5, 4, 7, 1, 2
  4. 4, 2, 7, 1, 5, 6, 3
  5. 6, 2, 3, 4, 5, 1, 7
6. (FMTM)
"Aquilo já não era ambição, era uma moléstia nervosa, uma loucura, um desespero de acumular, de reduzir tudo a moeda. E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha da pedreira para a venda, da venda às hortas e ao capinzal..."
Nesse retrato de João Romão, personagem de O Cortiço, patenteia-se a adesão de Aluísio Azevedo à estética naturalista
  1. na insistência em destacar as causas patológicas do comportamento, na preocupação com os detalhes de descrição do físico.
  2. no uso freqüente de hipérboles, na constância dos paradoxos na descrição do comportamento.
  3. no contraste entre a exacerbação dos sentimentos atribuídos à figura central e a simplicidade da pessoa física.
  4. na idealização dos motivos do comportamento, no embelezamento dos traços físicos mencionados na descrição.
  5. na preferência pela narração de episódios, desligados de qualquer ordenação cronológica.
7. (Unijui-RS) O Cortiço escrito em 1890 é considerada a obra-prima de Aluísio Azevedo. Escolha nas colocações que seguem a que melhor caracteriza a obra:
  1. um dos melhores retratos que já se levantaram do Brasil do II Império, em que a sobrevivência da estrutura colonial punha à mostra uma numerosa mostragem de portugueses enriquecidos a empolgar as posições de comando e uma região mal definida de pretos, mulatos e brancos em pleno processo de caldeamento e formação, constituindo o escalão mais inferior da sociedade;
  2. retrata a falência da sociedade patriarcal nordestina que, tendo por base sempre a atividade econômica açucareira, pouco se modificara desde os fins do século XVIII;
  3. reflete as transformações que afetaram a região da campanha na segunda metade do séc. XIX. Não há nele nenhum delineamento saudosista, ao contrário de outros textos ficcionais da época;
  4. no plano da temática, o rompimento com a tradição narrativa brasileira se dá pela inserção, ao longo dos relatos, de elementos inverossímeis;
  5. fixando a região de campanha, a obra descreve a crise e as divisões entre os estancieiros do sul do Brasil. O protagonista tenta colocar em prática certas idéias reformistas, mas fracassa em seus objetivos.
8. (CEETEPS-SP) Leia, com atenção, o texto abaixo.
"Jerônimo levantou-se, quase que maquinalmente, e, seguido por Piedade, aproximou-se da grande roda que se formara em torno dos dois mulatos. Aí, de queixo grudado às costas das mãos contra uma cerca de jardim, permaneceu, sem tugir nem mugir, entregue de corpo e alma àquela cantiga sedutora e voluptuosa que o enleava e tolhia, como à robusta gameleira brava o cipó flexível, carinhoso e traiçoeiro.
E viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia. Surgir de ombros e braços nus, para dançar. A lua destoldara-se nesse momento, envolvendo-a com sua coma de prata, a cujo refulgir os meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça irresistível, simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso, com muito de serpente e muito de mulher."
Assinale a alternativa que identifica e caracteriza a obra de Aluísio Azevedo a que pertence o trecho lido.
  1. É um trecho de O mulato em que o autor faz uma crítica violenta aos preconceitos sociais e à decadência dos costumes da burguesia.
  2. Trata-se do romance O cortiço, que focaliza a vida de imigrantes e pequenos operários dividindo espaços num meio promíscuo e miserável.
  3. refere-se a um trecho de O cortiço em que o autor faz um aprofundamento psicológico na análise das personagens que vivem numa habitação coletiva.
  4. É um trecho de O mulato, considerado romance naturalista porque descreve sensualmente a mulata Rita Baiana com toda a sua força sedutora, fornecendo uma visão estática de uma situação apreendida fotograficamente em dado momento.
  5. É um trecho do romance Casa de pensão em que o autor dá local à descrição do ambiente coletivo onde um provinciano é envolvido pelos ardis e ciladas da cidade grande.

9. (UFRGS-RS) No romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, a sintonia com os ideais naturalistas é acentuada pela seguinte característica básica da história.
  1. personagem sobrepõe-se ao ambiente.
  2. coletivo sobrepõe-se ao individual.
  3. psicológico sobrepõe-se ao social.
  4. trabalho sobrepõe-se ao capital
  5. A força sobrepõe-se à razão.


- - - - - - - - -
Gabarito:

1 - b
2 - e
3 - b
4 - d
5 - e
6 - a
7 - a
8 - c
9 - b
 


Vestibular: Literatura - Modernismo - Vidas Secas - Questões

1. (EU-BA) "O romancista intuiu admiravelmente a condição sub-humana do caboclo sertanejo, com a sua consciência embotada, a sua inteligência retardada, as suas reações devidas a reflexos condicionados por um sofrimento secular. Desta maneira, ao investigar o sentido de um destino coletivo, ele nos dá realmente a medida do homem telúrico, no seu estado primário, autômata e passivamente indiferente, nivelando-se com animais, árvores e objetos."
O trecho acima trata do escritor ....., mais especificamente de seu romance ..... cujo protagonista é .....
  1. Graciliano Ramos - São Bernardo - Fabiano
  2. José Lins do Rego - menino de Engenho - Paulo Honório
  3. Graciliano Ramos - Vidas Secas - Fabiano
  4. Jorge Amado - Jubiabá - Paulo Honório
  5. José Lins do Rego - Fogo Morto - Bentinho

2. (UC-MG) Graciliano Ramos é autor que, no Modernismo, faz parte da:
  1. fase destruidora, que procura romper com o passado.
  2. segunda fase, em que se destaca a ficção regionalista.
  3. fase irreverente, que busca motivos no primitivismo.
  4. geração de 45, que procura estabelecer uma ordem no caos anterior.
  5. década de 60, que transcendentaliza o regionalismo.

3. (EU-Maringá)
"A cachorra espiou o dono desconfiada, enroscou-se no tronco e foi-se desviando até ficar no outro lado da árvore, agachada e arisca, mostrando apenas as pupilas negras. Aborrecido com esta manobra, Fabiano saltou a janela, esgueirou-se ao longo da cerca do curral, deteve-se no mourão do canto e levou de novo a arma ao rosto..."
O excerto acima apresenta uma cena da obra:
  1. Angústia
  2. Vidas Secas
  3. Doidinho
  4. Dom Casmurro
  5. Menino do Engenho

4. (PUCCAMP) O isolamento social e cultura de uma família de retirantes nordestinos e a tragédia do ciúme, provocada por um incontrolável sentimento de posse, são os temas centrais de dois grandes romances de Graciliano Ramos, respectivamente:
  1. Vidas Secas São Bernardo
  2. São Bernardo Vidas Secas
  3. Caetés e Angústia
  4. Angústia e Caetés
  5. São Bernardo e Angústia
5. (UNIFOR-CE)"É perfeita a adequação da técnica literária à realidade expressa. Fabiano, sua mulher, seus filhos rodam num âmbito exíguo, sem saída nem variedade. Daí a construção por fragmentos, quadros quase destacados, onde os fatos se arranjam sem se integrarem, sugerindo um mundo que não se compreende, e se capta apenas por manifestações isoladas."
O texto acima analisa a relação entre a estrutura narrativa e o tema tratado em:
  1. Vidas secas, Graciliano Ramos.
  2. Sagarana, Guimarães Rosa.
  3. Laços de família, Clarice Lispector.
  4. Menino de engenho, José Lins do Rego.
  5. A vida real, Fernando Sabino.

6. (FATEC)
"Diadorim me pôs o rastro dele para sempre em todas essas quisquilhas da natureza. Sei como sei. Som com os sapos sorumbavam.
Diadorim, duro sério, tão bonito, no relume das brasas. Quase que a gente não abria boca; mas era um delém que me tirava para ele – o irremediável extenso da vida."
Assinale a alternativa que apresente, respectivamente: narrador-personagem, obra e autor do texto acima.
  1. Macunaíma – Macunaíma – Mário de Andrade;
  2. Macabea – A Hora da Estrela – Clarice Lispector;
  3. Sofia – Quincas Borba – Machado de Assis.
  4. Riobaldo – Grande Sertão: Veredas – Guimarães Rosa.
  5. Iracema – Iracema – José de Alencar.

7. (FUVEST) Em determinada época, o romance "procurou (...) enraizar fortemente as suas histórias e os seus personagens em espaços e tempos bem circunscritos extraindo de situações culturais típicas a sua visão do Brasil." (Alfredo Bosi).
Esta afirmação aplica-se a
  1. Vidas Secas e Fogo Morto.
  2. Macunaíma A Hora da estrela.
  3. A Hora da estrela e Serafim Ponte Grande.
  4. Fogo Morto e Serafim Ponte Grande.
  5. Vidas Secas e Macunaíma.

8. (PUCCAMP) A leitura de romances como Vidas Secas, São Bernardo ou Angústia permite afirmar sobre Graciliano Ramos que
  1. sua grande capacidade fabuladora e o tom lírico de sua linguagem servem a uma obra dominada pelo impulso, em que se mesclam romantismo e realismo, poesia e documento.
  2. sua obra transcreve as limitações do regional ao evoluir para uma perspectiva universal, ao mesmo tempo que sua expressão parte para o experimentalismo e para as invenções vocabulares inovadoras.
  3. sua obra, preocupada em fixar os costumes e as falas locais do meio rural e da cidade, é um registro fiel da realidade nordestina, quase um documentário transfigurado em ficção.
  4. sua obra, toda condicionada pela realidade humana e social de uma árida região de coronéis e cangaceiros, apresenta uma narrativa linear, mas de linguagem exuberante, própria dos grandes contadores de histórias.
  5. tanto o enfoque trágico do destino do homem ligado às raízes regionais quanto a análise dos conflitos existenciais do homem urbano conferem uma dimensão universal à sua obra.
9. (FUVEST) Assinale a alternativa em que ambos os romances têm como ambiente o sertão brasileiro:
  1. O Sertanejo – Amar, Verbo Intransitivo.
  2. Memórias Póstumas de Brás Cubas – Pelo Sertão.
  3. O Ateneu – Chapadão do Bugre.
  4. Inocência – Vidas Secas.
  5. Cangaceiros – Memorial de Aires.

(FUVEST) Texto para as questões de 10 a 13:
"Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, guardava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se agüentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas."
(Graciliano Ramos, Vidas Secas)


10. (FUVEST) O texto, no seu conjunto, enfatiza:
  1. a pobreza física de Fabiano.
  2. a falta de escolaridade de Fabiano
  3. a identificação de Fabiano com o mundo animal.
  4. a miséria moral de Fabiano.
  5. a brutalidade e grosseria de Fabiano.
11. (FUVEST) No texto, a referência aos pés:
  1. destoa completamente da frase seguinte.
  2. justifica-se como preparação para o fato de que (Fabiano) "a pé, não se aguentava bem".
  3. acentua a rudeza da personagem, a nível físico.
  4. constitui um jogo de contrastes entre o mundo cultural e o mundo físico da personagem.
  5. serve para demonstrar a capacidade de ação da personagem, através da metáfora "quebrar espinhos."
12. (FUVEST) A tentativa de reproduzir algumas palavras difíceis pode entender-se como:
  1. respeito à cultura literária e à alfabetização.
  2. busca da expressão de idéias.
  3. dificuldade de expressão dos valores de seu mundo cultural.
  4. consciência do valor da palavra como meio de comunicação.
  5. atração por formas alheias a seu universo cultural.
13. (FUVEST) Pode-se dizer que, na linguagem da personagem, as exclamações e onomatopéias funcionam como:
  1. conteúdo.
  2. código.
  3. causa.
  4. vocabulário.
  5. ênfase.
- - - - - - - - - 

Gabarito:

1 - c
2 - b
3 - b
4 - a
5 - a
6 - d
7 - a
8 - e
9 - d
10 - c
11 - c
12 - e
13 - d


Vestibular - Literatura - Modernismo - Questões - Sagarana - Guimarães Rosa


1. (FUVEST) João Guimarães Rosa, em Sagarana, permite ao leitor observar que:
  1. explora o folclórico do sertão.
  2. em episódios muitas vezes palpitantes surpreende a realidade nos mais leves pormenores e trabalha a linguagem com esmero.
  3. limita-se ao quadro do regionalismo brasileiro.
  4. é muito sutil na apresentação do cotidiano banal do jagunço.
  5. é intimista hermético.
2. (FUVEST) Dentre os contos de Sagarana existe um em que o narrador sustenta um duelo literário com outro poeta, chamado Quem Será, e no qual se fazem várias considerações sobre a natureza da poesia. Numa metáfora do condicionamento do homem, resistente à aceitação do novo e diferente, o autor leva a personagem a passar por um período de cegueira. A partir daí a personagem descobre a mutilação dos sentidos, que agora se abrem a outras vertentes da realidade.
Em qual dos contos abaixo se discute essa questão?
  1. "A hora e a vez de Augusto Matraga".
  2. "Duelo".
  3. "Conversa de bois".
  4. "São Marcos".
  5. "Corpo fechado".
3. (CEFET-PR) Sobre os contos de Sagarana é INCORRETO afirmar:

a. A volta do marido pródigo demonstra, no comportamento do protagonista, o poder criador da palavra, dimensão da linguagem tão apreciada por Guimarães Rosa.
b. Tanto em Corpo fechado quanto em Minha gente o espaço é variado, deslocando-se a ação de um lugar para outro.
c. Em Duelo e Sarapalha figuram personagens femininas cujos traços não aparecem nas mulheres de outros contos.
d. O burrinho pedrêsConversa de bois e São Marcos trabalham com a mudança de narradores.
e. A hora e a vez de Augusto Matraga não apresenta a inserção de casos ou narrativas secundárias.

4. (UPF) Nos contos de Sagarana, Guimarães Rosa resgata, principalmente, o imaginário e a cultura:

a. da elite nacional
b. dos proletários urbanos
c. dos povos indígenas
d. dos malandros de subúrbio
e. da gente rústica do interior

5. (UEL) O trabalho com a linguagem por meio da recriação de palavras e a descrição minuciosa da natureza, em especial da fauna e da flora, são uma constante na obra de João Guimarães Rosa. Esses elementos são recursos estéticos importantes que contribuem para integrar as personagens aos ambientes onde vivem, estabelecendo relações entre natureza e cultura. Em Sarapalha, conto inserido no livro Sagarana, de 1946, referências do mundo natural são usadas para representar o estado febril de Primo Argemiro.

Com base nessa afirmação, assinale a alternativa em que a descrição da natureza mostra o efeito da maleita sobre a personagem Argemiro:

a. “É aqui, perto do vau da Sarapalha: tem uma fazenda, denegrida e desmantelada; uma cerca de pedra seca, do tempo de escravos; um rego murcho, um moinho parado; um cedro alto, na frente da casa; e, lá dentro uma negra, já velha, que capina e cozinha o feijão.”
b. “Olha o rio, vendo a cerração se desmanchar. Do colmado dos juncos, se estira o vôo de uma garça, em direção à mata. Também, não pode olhar muito: ficam-lhe muitas garças pulando, diante dos olhos, que doem e choram, por si sós, longo tempo.”
c. “É de-tardinha, quando as mutucas convidam as muriçocas de volta para casa, e quando o carapana mais o mossorongo cinzento se recolhem, que ele aparece, o pernilongo pampa, de pés de prata e asas de xadrez.”
d. “Estava olhando assim esquecido, para os olhos... olhos grandes escuros e meio de-quina, como os de uma suaçuapara... para a boquinha vermelha, como flor de suinã....”
e. “O cachorro está desatinado. Pára. Vai, volta, olha, desolha... Não entende. Mas sabe que está acontecendo alguma coisa. Latindo, choramingando, chorando, quase uivando.”

6. (PUC-SP) O conto Conversa de bois integra a obra Sagarana, de João Guimarães Rosa. De seu enredo como um todo, pode afirmar-se que:

a. A os animais justiceiros, puxando um carro, fazem uma viagem que começa com o transporte de uma carga de rapadura e um defunto e termina com dois.
b. a viagem é tranqüila e nenhum incidente ocorre ao longo da jornada, nem com os bois nem com os carreiros.
c. os bois conversam entre si e são compreendidos apenas por Tiãozinho, guia mirim dos animais e que se torna cúmplice do episódio final da narrativa.
d. a presença do mítico-lendário se dá na figura da irara, “tão séria e moça e graciosa, que se fosse mulher só se chamaria Risoleta” e que acompanha a viagem, escondida, até à cidade.
e. a linguagem narrativa é objetiva e direta e, no limite, desprovida de poesia e de sensações sonoras e coloridas.

 7(FUVEST) - Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe: - E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear? - Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia. - E, se me permite, qual é mesmo a sua graça? - Macabéa. - Maca - o quê? - Bea, foi ela obrigada a completar. - Me desculpe mas até parece doença, doença de pele. - Eu também acho esquisito mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo - parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor - pois como o senhor vê eu vinguei... pois é... - Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra. Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado: - Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor? Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo. 
Clarice Lispector. A hora da estrela

No trecho "mas minha mãe botou ele por promessa", o pronome pessoal foi empregado em registro coloquial. É o que também se verifica em:

a) Major Saulo, de O burrinho pedrês.

b) Lalino, de Traços biográficos de Lalino Salãthiel ou A volta do marido pródigo.

c) Primo Ribeiro, de Sarapalha.

d) João Mangolô, de São Marcos.
e) Augusto Matraga, de A hora e vez de Augusto Matraga.


8. (FUVEST) Dentre os contos de Sagarana existe um em que o narrador sustenta um duelo literário com outro poeta, chamado Quem Será, e no qual se fazem várias considerações sobre a natureza da poesia. Numa metáfora do condicionamento do homem, resistente à aceitação do novo e diferente, o autor leva a personagem a passar por um período de cegueira. A partir daí a personagem descobre a mutilação dos sentidos, que agora se abrem a outras vertentes da realidade.
Em qual dos contos abaixo se discute essa questão?

 a. "A hora e a vez de Augusto Matraga".
 b. "Duelo".
 c. "Conversa de bois".
 d. "São Marcos".
 e. "Corpo fechado".

9. (MACK) Sobre o personagem principal de "A hora e a vez de Augusto Matraga", de Guimarães Rosa, assinale a alternativa incorreta.

 a. No decorrer da narrativa, aparece como Nhô Augusto, Augusto Estêves e Augusto Matraga.
 b. No início, surge como um fazendeiro pacato, avesso a brigas e totalmente dedicado à família.
 c. Por ordem de seu maior inimigo, é surrado, marcado a ferro e deixado praticamente morto.
 d. Convidado por Joãozinho Bem-Bem a integrar seu grupo de jagunços, recusa tal oferta ...

e. No duelo final, morre em consequência dos ferimentos recebidos, assim como seu opositor.

10. É comum em SAGARANA, como em outras obras do autor, o tema da viagem/travessia, em que essa assume caráter metafórico, simbólico. Considerando tal raciocínio, assinale a alternativa correta.

a) Para Major Saulo, de "O burrinho pedrês", a viagem implica mudança de comportamento, clara nas palavras da sua despedida.
b) As constantes viagens de Lalino Salãthiel, de "A volta do marido pródigo", transformam o seu modo de vida, com o personagem assumindo, no final, um outro código de valores.
c) A viagem empreendida por Dona Dionóra, de "A hora e a vez de Augusto Matraga", leva-a de um casamento feliz a uma relação conturbada.
d) Para o protagonista de "Minha Gente", a viagem significa a incorporação da visão de mundo do homem sertanejo e interiorano.
e) Os personagens de "Sarapalha" tornam possível, mediante rememorações, a experiência da viagem, modificando a relação até então existente entre eles.

11. PUC-SP 2009 - Guimarães Rosa escreveu "Sagarana" em 1946. Compõe-se esta obra de nove contos, entre os quais se destaca "Corpo Fechado", narrativa que relata episódios vividos por uma personagem que se envolve com histórias de valentia, convivência com ciganos, afrontas amorosas, trocas duvidosas com perdas e ganhos e intimidações que justificam o fechamento de corpo. Indique a alternativa que contém dados caracterizadores da personagem central que protagoniza o enredo do referido conto.

a. Manuel Fulô, um sujeito pingadinho, quase menino - "pepino que encorujou desde pequeno" - cara de bobo de fazenda - (...) mas que gostava de fechar a cara e roncar voz, todo enfarruscado, para mostrar brabeza, e só por descuido sorria, um sorriso manhoso de dono de hotel. E, em suas feições de caburé insalubre, amigavam-se as marcas do sangue aimoré e do gálico herdado: cabelo preto, corrido, que boi lambeu; dentes de fio em meia-lua; malares pontudos; lobo da orelha aderente; testa curta, fugidia; olhinhos de viés e nariz peba, mongol.

b. Turíbio Todo, nascido à beira do Borrachudo, era seleiro de profissão, tinha pelos compridos nas narinas, e chorava sem fazer caretas; palavra por palavra: papudo, vagabundo, vingativo e mau.

c. E o chefe - o mais forte e o mais alto de todos, com um lenço azul enrolado no chapéu de couro, com dentes brancos limados em cume, de olhar dominador e tosse rosnada, mas sorriso bonito e mansinho de moça - era o homem mais afamado dos dois sertões do rio (...), o arranca-toco, o treme-terra, o come-brasa, o pega-à-unha, o fecha-treta, o tira-prosa, o parte-ferro, o romperacha, o rompe-e-arrasa: Seu Joãozinho Bem-Bem.

d. João Mangalô velho de guerra, voluntário do mato nos tempos do Paraguai, remanescente do "ano da fumaça", liturgista ilegal e orixá-pai de todos os metapsíquicos por-perto, da serra e da grota, e mestre em artes de despacho, atraso, telequinese, vidro moído, vuduísmo, amarramento e desamarração.


e. Primo Ribeiro, sarro de amarelo na cara chupada, olhos sujos desbrilhados, e as mãos pendulando, compondo o equilíbrio, sempre a escorar dos lados a bambeza do corpo. Mãos moles, sem firmeza, que deixam cair tudo quanto ele queira pegar. Baba, baba, cospe, cospe, vai fincando o queixo no peito.

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Gabarito:

1 - b
2 - d
3 - c
4 - e
5 - b
6 - a
7 - e
8 - d
9 - b




Vestibular - Questões sobre "Iracema", de José de Alencar


1. (USP) O índio, em alguns romances de José de Alencar, como Iracema e Ubirajara, é:
  1. retratado com objetividade, numa perspectiva rigorosa e científica.
  2. idealizado sobre o pano de fundo da natureza, da qual é o herói épico.
  3. pretexto episódico para descrição da natureza.
  4. visto com o desprezo do branco preconceituoso, que o considera inferior.
  5. representado como um primitivo feroz e de maus instintos.
2. (UCP-PR) Livros indianistas de José de Alencar:
  1. Iracema, Ubirajara, Inocência
  2. O guarani, Iracema, A escrava Isaura
  3. A Moreninha, Iracema, Lucíola
  4. Memórias de um sargento de milícias, O Guarani, O tronco do ipê
  5. Ubirajara, O guarani, Iracema.
3. (MACK-SP) José de Alencar tenta mostrar um painel das relações do índio brasileiro com o homem europeu.
Mostra, inclusive, o índio antes da chegada dos portugueses, o princípio de sua miscigenação, e, posteriormente, o mesmo já totalmente cristianizado, num estado de quase servidão em relação ao homem branco.
Assinale a alternativa em que aparecem, respectivamente, nomes de romances que exemplifiquem tais temáticas.
  1. Iracema – Ubirajara – O Sertanejo
  2. As Minas de Prata – Til – O Sertanejo
  3. Lucíola – A Pata da Gazela – Ubirajara
  4. Ubirajara – Senhora – Til
  5. Ubirajara – Iracema – O Guarani
4. (MACK-SP) Sobre Iracema, é incorreto afirmar que:
  1. relacionamento entre Martim e Iracema seria uma alegoria das relações entre metrópole e colônia.
  2. Iracema é descrita de uma forma idealizante, comparada com elementos da natureza, característica própria do Romantismo.
  3. personagem Martim é lendário; nunca existiu, tratando-se, portanto, de uma figura fictícia.
  4. Moacir, que em tupi quer dizer “filho da dor”, é levado por Martim para a Europa.
  5. romance é narrado em terceira pessoa, com narrador onisciente.

5. (PUCCAMP-SP) Sobre José de Alencar, é correto afirmar-se que:
  1. fixou um dos mais caros modelos da sensibilidade brasileira, o do índio ideal, principalmente pelo fato de ter focalizado o indígena sempre em seu habitat, longe do contato com outras raças, como em O Guarani e Iracema.
  2. foi sensível ao drama vivido pelo homem numa sociedade burguesa – a necessidade de obter dinheiro e a de preservar a integridade da vida do espírito – e deu a esse conflito o tratamento que determinou sua ruptura definitiva com o idealismo do escritor romântico, como se vê em Lucíola e em Senhora.
  3. fez-se presente nos três tipos em que se manifestou a ficção da época – determinados pelo espaço em que se desenvolve a narrativa: cidade, campo, selva –, de que são exemplos Lucíola, O Sertanejo e Iracema.
  4. dotou os protagonistas, nos romances heroicos (O Sertanejo, O Guarani) de características ideais, mas, subordinando-os aos acontecimentos da vida corrente, obrigou-os a cometerem atos degradantes.
  5. foge, num aspecto, do que era uma tendência da ficção romântica, o interesse pelo passado, quer do indivíduo, quer da nação, pois voltou-se apenas para a observação da realidade contemporânea, como em Lucíola e Senhora.
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6. (UFMG) Todas as passagens de Iracema, de José de Alencar, estão corretamente explicadas, exceto:
A filha de Araquém escondeu no coração a sua ventura.
  1. Ficou tímida e quieta como a ave que pressente a borrasca no horizonte.= Iracema entrega-se a Martim.
  2. Iracema preparou as tintas. O chefe, embebendo as ramas da pluma, traçou pelo corpo os riscos vermelhos e pretos, que ornavam a grande nação pitiguara.= O chefe pinta Martim, preparando-o para o combate com os tabajaras.
  3. Iracema, sentindo que se lhe rompia o seio, buscou a margem do rio, onde crescia o coqueiro.= Iracema prepara-se para dar à luz a Moacir.
  4. O guerreiro branco é hóspede de Araquém. A paz o trouxe aos campos de Ipu, a paz o guarda.Quem ofende o estrangeiro ofende o Pajé.
    = Iracema protege Martim da fúria de Irapuã.
  5. Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra, sua vista perturba-se.= Martim aparece pela primeira vez a Iracema, que saía do banho.
 7. (FUVEST-2011) Leia o trecho de Machado de Assis sobre Iracema, de José de Alencar, e responda ao que se pede.

“....... é o ciúme e o valor marcial; ....... a austera sabedoria dos anos; Iracema o amor. No meio destes caracteres distintos e animados, a amizade é simbolizada em ....... . Entre os indígenas a amizade não era este sentimento, que à força de civilizar-se, tornou-se raro; nascia da simpatia das almas, avivava-se com o perigo, repousava na abnegação recíproca; ....... e ....... são os dois amigos da lenda, votados à mútua estima e ao mútuo sacrifício”.

Machado de Assis, Crítica.

No trecho, os espaços pontilhados serão corretamente preenchidos, respectivamente, pelos nomes das seguintes personagens de Iracema:

a) Caubi, Jacaúna, Araquém, Araquém, Martim.
b) Martim, Irapuã, Poti, Caubi, Martim.
c) Poti, Araquém, Japi, Martim, Japi
d) Araquém, Caubi, Irapuã, Irapuã, Poti. 
e) Irapuã, Araquém, Poti, Poti, Martim.

8. (FUVEST 2009)
Em um poema escrito em louvor de Iracema, Manuel Bandeira afirma que, ao compor esse livro, Alencar:
“[...] escreveu o que é mais poema Que romance, e poema menos Que um mito, melhor que Vênus.”
Segundo Bandeira, em Iracema:
 
 
 
 
 
9. (UFSC 2011)
A partir da leitura do romance Iracema, e considerando o contexto do Romantismo brasileiro, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
 
 
 
 
 
 

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Gabarito:

1 - b
2 - e
3 - e
4 - c
5 - c
6 - b
7 - e
8 - b
9 - c , f