Vestibular - Literatura - Modernismo - Questões 61 a 80


61. (FIUbe-MG) A poesia modernista, sobretudo a da primeira fase (1922-1928):
  1. utiliza-se de vocabulário sempre vago e ambíguo que apreenda estados de espírito subjetivos e indefiníveis.
  2. faz uma síntese dos pressupostos poéticos que norteavam a linguagem parnasiano-simbolista.
  3. incentiva a pesquisa formal com base nas conquistas parnasianas, a ela anteriores.
  4. enriquece e dinamiza a linguagem, inspirando-se na sintaxe clássica.
  5. confere ao nível coloquial da fala brasileira a categoria de valor literário.
62. (FCMSCSP)
"3 de maio
Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é a descoberta
Das coisas que eu nunca vi."
(Oswald de Andrade)
As cinco alternativas apresentam afirmações extraídas do Manifesto da Poesia Pau-Brasil; assinale a que está relacionada com o poema "3 de maio".
  1. "Só não se inventou uma máquina de fazer versos – já havia o poeta parnasiano."
  2. "... contra a morbidez romântica – pelo equilíbrio geômetro e pelo acabamento técnico."
  3. "Nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com os olhos livres."
  4. "A poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas..."
  5. "Temos a base dupla e presente – a floresta e a escola."
63. (FCMSCSP)
Movimentos:
  1. Pau-Brasil
  2. Verde-Amarelo
  3. Antropofagia
Objetivos:
1. Resposta ao conservadorismo manifestado pelo movimento da Anta.
2. Revalorização do primitivo, através de uma arte que redescobrisse o Brasil.
3. Proposição de uma estrutura nacionalista.
A associação correta é:
  1. I-2; II-3; III-1.
  2. I-3; II-2; III-1.
  3. I-1; II-2; III-3.
  4. I-3; II-1; III-2.
  5. n. d. a.
64. (FCMSCSP) As barreiras entre os gêneros literários tornaram-se tênues no Modernismo, que, à procura de uma expressão nova, trouxe à prosa características da poesia e vice-versa, ou, algumas vezes, alternou numa mesma obra poesia e prosa de ficção.
Um texto que espelha semelhante situação é:
  1. Memórias sentimentais de João Miramar.
  2. São Bernardo.
  3. Triste fim de Policarpo Quaresma.
  4. auto da compadecida.
  5. Lição de coisas.
65. (UFPA) Oswald de Andrade, para sistematizar os princípios da corrente Pau-Brasil, do nosso Modernismo:
  1. aproveitou-se exclusivamente das idéias dadaístas.
  2. aproveitou-se de aspectos para os quais Pero Vaz de Caminha chama a atenção em sua Carta sobre o descobrimento do Brasil.
  3. aproveitou-se das sugestões temáticas que se depreendem das sátiras de Gregório de Matos Guerra.
  4. valeu-se de princípios da tradição poética parnasiana.
  5. aproveitou a sugestão romântica de libertar a imaginação e a fantasia.
66. (PUC-RS)
"O fazendeiro criara filhos
Escravos escravas
Nos terreiros de pitangas e jabuticabas
Mas um dia trocou
O ouro da carne preta e musculosa
As gabirobas e os coqueiros
Os monjolos e os bois
Por terras imaginárias
Onde nasceria a lavoura verde do café."
Este poema de Oswald de Andrade exemplifica o movimento nativista... . O poeta, através de uma poesia reduzida ao ...., buscou uma interpretação de seu país.
  1. Antropófago - visual
  2. Verde-amarelo - simbólico
  3. Terra roxa e Outras Terras - discursivo
  4. Anta - concreto
  5. Pau-Brasil - essencial.
67. (FUVEST-SP) O Romantismo está para o Modernismo, assim como:
  1. Inocência está para A carne.
  2. A escrava Isaura está para A escrava que não é Isaura.
  3. A escrava Isaura está para O cortiço.
  4. Memórias póstumas de Brás Cubas está para Memórias do cárcere.
  5. A Moreninha está para dom Casmurro.
68. (F. de Ciências e Letras Pe. Anchieta-SP) Passando de maneira brusca do primitivo solene à crônica jocosa e à paródia, Mário de Andrade jogou sabiamente com níveis de consciência e de comunicação diversos, justificando plenamente o título de rapsódia, mais que "romance", à obra que se trata de:
  1. A escrava que não é Isaura.
  2. Macunaíma.
  3. Paulicéia desvairada.
  4. Losango cáqui
  5. Empalhador de passarinhos.
69. (FMU-SP) O tema da pátria distante foi retomado por muitos poetas. Um deles, Oswald de Andrade, do Modernismo.
São características do Modernismo:
  1. linguagem coloquial; valorização do nacional; tom irônico; liberação absoluta da forma.
  2. nacionalismo; tom irônico; linguagem retórica; liberdade de composição.
  3. saudosismo; crítica social; verde-amarelismo; regras rígidas de composição.
  4. linguagem retórica; saudosismo; nacionalismo; regras rígidas de composição.
  5. linguagem retórica; liberdade de composição; cientificismo; tom irônico.
70. (FEBASP)
"Não sendo um personagem, mas um símbolo, ..... está ao mesmo tempo no passado e no presente, no sul e no norte do Brasil. Ele é, de resto, intemporal e supergeográfico como, por um lado, será mais americano que brasileiro..." (Wilson Martins).
Estes dados referem-se a:
  1. Peri.
  2. Macunaíma.
  3. Augusto Matraga.
  4. Jeca Tatu.
71. (UFV-MG) Assinale a alternativa em que há uma característica que não corresponde ao Modernismo em sua primeira fase (a de São Paulo, 1922).
  1. Ruptura radical e audaciosa em relação às posições estéticas do passado, quebra total da rotina literária.
  2. Caráter turbulento, polemista, de demolição de valores.
  3. Exaltação exagerada de fatores como mocidade e tempo; o novo, nesta fase, foi erigido como um valor em si.
  4. Movimento de inquietação e de insatisfação; os novos se lançaram à luta em nome da originalidade, da liberdade de pesquisa estética e do direito de "errar".
  5. apesar de toda a radicalidade do grupo, é unânime a preocupação dos modernistas com o purismo da linguagem.
(FAAP-SP) Texto para as questões de 72 a 77.
"Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Ver a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
mando chamar a mãe-dágua
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
– Lá sou amigo do rei –
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
(Manuel Bandeira)
72. (FAAP-SP) A simples leitura do texto já nos convence tratar-se de um poema filiado ao modernismo já que se trata de um poema:
  1. de tom coloquial, sem rima, em que não está presente a pontuação tradicional.
  2. em que predomina o vago, o etéreo, o indizível.
  3. de absoluta precisão formal.
  4. em que aparece a figura da mulher idealizada e a fuga de um lugar distante e edênico.
  5. que busca o bucólico, o campestre, o fantástico.
73. (FAAP-SP) Pasárgada, cidade lendária da antiga Pérsia, no poema indica outro espaço e outro tempo. No texto, há uma oposição entre um aqui e um lá; entre um agora e um então. Esta oposição recebe o nome de:
  1. silepse.
  2. antítese.
  3. pleonasmo.
  4. sinestesia.
  5. polissíndeto.
74. (FAAP-SP) Não é difícil definir o tema da ida para Pasárgada:
  1. busca dos prazeres libidinosos
  2. evasão espacial e temporal
  3. volta à infância
  4. amor à civilização
  5. apego ao poder.
75. (FAAP-SP) Voltaire afirmava que "quem quiser fundar alguma coisa de grande deve começar por ser completamente louco". Bandeira nega este mundo chato e mofino, percorrendo vastidões da fantasia, ainda que seja para cair na loucura, especialmente em:
  1. Joana a Louca de EspanhaVem a ser contraparente
    Da nora que nunca tive
  2. ... farei ginásticaAndarei de bicicleta
  3. Montarei em burro braboSubirei no pau-de-sebo
  4. Tem telefone automáticoTem alcalóide à vontade
  5. Tem prostitutas bonitasPara a gente namorar.
76. (FAAP-SP) Nesta estrofe, o poeta devidamente refugiado no mágico Éden imaginário, projeta uma série de ações insignificantes que compõem o cotidiano de um menino sadio. É o retorno psicológico à infância – marca de um tempo feliz e de liberdade. A estrofe começa assim:
  1. Vou-me embora pra PasárgadaLá sou amigo do rei
  2. Vou-me embora pra PasárgadaAqui eu não sou feliz
  3. E como farei ginásticaAndarei de bicicleta
  4. Em Pasárgada tem tudoÉ outra civilização
  5. E quando eu estiver mais tristeMas triste de não ter jeito
77. (FAAP-SP) Inconformado com o real concreto, o poeta enumera um conjunto de vantagens que este mundo fantástico oferece: sexo livre, uma nova percepção do tempo e do espaço, uma nova permeabilidade para uma revisão do mundo material. A estrofe começa assim:
  1. Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
  1. Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
  1. E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
  1. Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
  1. E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito.
78. (F.C.Chagas-BA)
  1. Moderno e versátil, Vinícius de Moraes compõe, com mestria, tanto letras para canções populares como poemas dentro dos mais estritos padrões clássicos.
  2. Cecília Meireles caracterizou sua poesia pela constante sugestão de sombra, identificação e ausência; mas soube também incorporar a matéria histórica, em uma de suas mais importantes obras.
  3. A Moreninha narra, em linguagem presa ao modelo lusitano, a história de um amor impossível entre um jovem da aristocracia imperial do Brasil e uma mestiça.
Assinale a alternativa correta.
  1. Só a proposição I é correta.
  2. Só a proposição II é correta.
  3. Só a proposição III é correta.
  4. São corretas as proposições I e II.
  5. São corretas as proposições II e III.
79. (PUC-RS) O livro de Cecília Meireles que evoca os "tempos do ouro" denomina-se:
  1. Romanceiro da Inconfidência.
  2. Balada para el-Rei.
  3. Vaga música.
  4. Retrato natural.
  5. Romance de Santa Clara.
80. (UCP-PR) A poesia modernista revela:
  1. nacionalismo crítico.
  2. valorização do popular.
  3. versos livres.
  4. Estão corretas as afirmações c.
  5. Estão corretas as afirmações a, b e c.



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