"A força poética e o domínio da linguagem o situam entre os grandes ficcionistas, embora se lhe reconheça a rebeldia aos moldes e padrões consagrados pela tradição... relacionada aos gêneros literários" (Proença, M. Cavalcanti.) "Assim, ele mesmo classifica de idílio e rapsódia duas de suas principais obras de ficção. sua importância na moderna literatura e arte nacionais é assim sintetizada: sem...., não a Semana de Arte Moderna, mas o Modernismo não teria sido o que foi. E quem diz Modernismo diz toda a literatura brasileira dos últimos quarenta anos." (Martins, Wilson, 1961).
Assinalar a única alternativa que preenche, adequadamente, o trecho acima:
- Manuel Bandeira
- Cassiano Ricardo
- Graciliano Ramos
- Oswald de Andrade
- Mário de Andrade.
22. (VUNESP) Leia com atenção o texto que vem a seguir:
"A minha pena foi sempre dirigida contra os fracos... Olavo Bilac e Coelho Neto no pleno fastígio de sua glória. O próprio Graça Aranha quando quis se apossar do modernismo. Ataquei o verbalismo de Rui, a italianitá e a futilitá de Carlos Gomes, muito antes do incidente com Toscanini. Em pintura abri o caminho de Tarsila. Bem antes, fora eu o único a responder, na hora, ao assalto desastrado com que Monteiro Lobato encerrou a carreira de Anita Malfatti. fui quem escreveu, contra o ambiente oficial e definitivo, o primeiro artigo sobre Mário de Andrade e o primeiro sobre Portinari. Soube também enfrentar o apogeu do verdismo e o Sr. Plínio Salgado."
No trecho acima, retirado da obra Ponta de Lança, o autor define sua decisiva militância em prol do movimento modernista tanto na fase anterior à Semana de Arte Moderna quanto na fase posterior à eclosão do movimento. Esse autor combativo é:
- Manuel Bandeira
- Oswald de Andrade
- Menotti del Picchia
- Guilherme de Azevedo
- Ronald de Carvalho
23. (FCL-BA)
"Não quero mais o amor
Nem mais quero cantar a minha terra.
Me perco neste mundo
Não quero mais o Brasil
Não quero mais geografia
Nem pitoresco."
O texto acima traduz o enfaramento do poeta ....., que desiste de cantar temas...
- parnasiano - românticos
- simbolista - parnasianos
- arcádico - barrocos
- moderno - românticos
- romântico - arcádicos.
24. (FUVEST)
"Klaxon sabe que a vida existe. E, aconselhado por Pascal, visa o presente. Klaxon não se preocupará de ser novo, mas de ser atual. Essa é a grande lei da novidade. Klaxon sabe que a humanidade existe, por isso é internacionalista."
Esse texto foi pela primeira vez publicado:
- num manifesto futurista de Marinetti.
- no manifesto regionalista de 1926.
- no Prefácio Interessantíssimo de Mário de Andrade.
- em uma revista de 1922, que se apresentava como mensário da arte moderna.
- no manifesto antropófago de Oswald de Andrade.
25. (PUCCAMP)
"São Paulo! Comoção de minha vida...
Os meus amores são flores feitas de original...
Arlequinal!... Traje de losangos... cinza e ouro...
Luz e bruma... Forno e inverno morno...
Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes...
Perfumes de Paris... Arys!
Bofetadas líricas no Trianon... algodoal!...
São Paulo! Comoção de minha vida...
Galicismo a berrar nos desertos da América!"
Na primeira fase do Modernismo brasileiro, que se estende de 1922 a 1930, dá-se a síntese de duas correntes opostas: universalismo e nacionalismo. Assim, podemos dizer, a respeito do texto acima, que:
- nacionalismo se revela na ênfase dada às riquezas brasileiras – "Algodoal"; e o universalismo, pela temática de difícil compreensão.
- a temática é nacionalista, mas realizada numa linguagem inspirada nas propostas das vanguardas européias, especialmente o futurismo.
- universalismo se revela pela referência à cidade de Paris, e o nacionalismo, pela linguagem rica em expressões populares brasileiras.
- tanto o nacionalismo, quanto o universalismo, estão ausentes do texto.
- nacionalismo se revela na ênfase dada às riquezas brasileiras – "Algodoal"; e o universalismo, pela alusão à figura do Arlequim, de origem européia: "Arlequinal... Traje de losangos...":
26. (UF-GO) Em dois movimentos estéticos, na literatura brasileira, há grande preocupação com o nacionalismo. Em um, evidencia-se postura nitidamente ufanística; em outro, freqüentemente contestatória. São eles, respectivamente:
- Romantismo e Simbolismo
- Romantismo e Modernismo
- Parnasianismo e Simbolismo
- Simbolismo e Modernismo
- Barroco e Arcadismo
27. (FCC)
"Na fase combativa do Modernismo, a prosa não teve o realce da poesia, mas sofreu uma transformação de igual importância."
São exemplos dessa transformação a que se refere o texto acima:
- Os Sertões e Canaã
- Ateneu e Dom casmurro
- Vidas Secas e Gabriela, Cravo e Canela
- Memórias Sentimentais de João Miramar e Macunaíma
- Fogo Morto e São Bernardo.
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28. (FUVEST)
"Não permita Deus que eu morra
Sem que volta pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo!"
O uso do poema-paródia, exemplificado na estrofe acima, é uma das características do movimento:
- romântico
- simbolista
- arcádico
- parnasiano
- modernista
(PUC-SP) Texto para as questões 29 e 30:
"E foi numa boca-da-noite fria que os manos toparam com a cidade macota de São Paulo esparramada à beira-rio do igarapé Tietê.
A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da bicharia lá embaixo nas ruas, disparando entre as malocas temíveis.
Que mundo de bichos!
A inteligência do herói estava muito perturbada. As cunhãs rindo tinham ensinado prá ele que o sagüi-açu não era sagüim não, chamava elevador e era uma máquina. De manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes, hupmobiles chevrolés dodges marrons e eram máquinas. os tamanduás os boitatás as inajás de curuatás de fumo, em vez eram caminhões bondes autobondes anúncios-luminosos relógios faróis rádios motocicletas telefones gorjetas postes chaminés... Eram máquinas e tudo na cidade era só máquina!"
29. (PUC-SP) Analise a alternativa que apresenta o nome do texto acima e também o nome de outra obra do mesmo autor:
- Manifesto Pau-Brasil – Memórias Sentimentais de João Miramar.
- A Vida Passada a Limpo – A Rosa do Povo
- Angústia – Caetés
- Macunaíma – Amar, Verbo Intransitivo
- Ciclo do Cangaço – Fogo Morto
30. (PUC-SP) Nas duas primeiras linhas, tem-se o contato inicial com a cidade. O modo de apresentá-la, e, principalmente, o uso de expressões como "boca-da-noite", "macota" e "igarapé" revelam que:
- narrador não é brasileiro.
- esse texto é do século XIX, daí usar expressões desconhecidas.
- esse texto foi extraído de um romance indianista.
- autor não domina o código da língua portuguesa.
- narrador, assumindo o modo de ver da personagem, usa sua linguagem.
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Modernismo - Gabarito das questões 1 a 40
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